Grupo de Ciências Carlos Luckesi tem grande quantidade de fósseis de animais pré-históricos
Nossa Lucélia - 23.06.2013


Na E.E. José Firpo estão peças e fósseis de animais pré-históricos encontrados em expedições feitas pelos integrantes do grupo, nas cidades da região como Lucélia Adamantina e Flórida Paulista

LUCÉLIA - A maior quantidade de fósseis de animais pré-históricos de toda região oeste do estado de São Paulo, fica na EE José Firpo, na cidade de Lucélia, mais precisamente aos cuidados do Grupo de Ciências Carlos Luckesi, coordenado pelo professor Paulo Fiorato e que reúne alunos e ex-alunos da famosa unidade de ensino de Lucélia.

Uma sala repleta de fósseis e outros objetos frutos de escavação e pesquisa do Grupo de Ciências Luckesi, podem receber visitas monitoradas de alunos de outras unidades escolares de Lucélia e de outras cidades da região. O Grupo tem uma importante parceria como a Universidade Estadual, a UNESP, que presta apoio pedagógico e técnico ao grupo.

Na E.E. José Firpo estão peças e fósseis de animais pré-históricos encontrados em expedições feitas pelos integrantes do grupo, nas cidades da região como Lucélia Adamantina e Flórida Paulista. Mas há peças que vieram de longe como do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, fruto de doações que o grupo recebeu de pessoas que querem o bem do conhecimento cientifico e educacional.

DINOSSAUROS - Constituem um grupo de diversos animais que apareceram há pelo menos duzentos e trinta milhões de anos, e que, durante cento e trinta e cinco milhões de anos, foram a espécie dominante na Terra, num período geológico de tempo que vai desde o início do jurássico até o final do período cretáceo, cerca de sessenta e cinco milhões de anos, quando vários eventos catastróficos ocasionou a extinção em massa de quase todos os dinossauros.

Dentre os fósseis de animais pré-históricos que habitaram a região da Nova Alta Paulista, há pelos menos uns 65 milhões de anos estão:
MESOSAURUS BRASILIENSIS – Uma espécie de lagarto pré-histórico um réptil de cerca de um metro de comprimento, corpo alongado provido de grande cauda, hábito aquático, com longos dedos que indicam que eram dotados de membranas natatórias.
CROCODILOMORFOS - Um crocodilo gigante que podia medir até 15 metros de comprimento e que vivia em regiões aquáticas.
VELOCIRAPTOR - É um gênero de dinossauro terópode do período Cretáceo. Media 2,07 m de comprimento e 0.5 m de altura e pesava aproximadamente 20 kg. Foi um grande predador que provavelmente caçava em bando. Era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Com fortes patas traseiras o velociraptor corria ate 69 km/h. Outra espécie foi os deinonicossauro- Primo dos ferozes velociraptores, usava suas garras afiadíssimas para retalhar as vítimas. Aliás, é daí que vem o nome deinonicossauro lagarto de garras terríveis", em grego. Alcançava até 2 metros de altura e 4 de comprimento. Como caçava em bandos, podia até atacar bichos bem maiores que ele.
TITANOSSAUROS - Os tiranossauros pertenciam à espécie dos dinossauros teópodas e, quando adultos, alcançavam mais de cinco metros de altura e cerca de doze metros de comprimento do crânio até o fim da cauda, com o peso estimado variando entre seis e 10 toneladas. Na região foram encontrados fósseis de Adamantisaurus Mezzalirai, encontrado no final da década de 1950, em Florida Paulista. Leva tal denominação em virtude do arenito Adamantina, predominante na região. Tinha até 12 metros de comprimento.

Além de restos mortais fossilizados em rochas sedimentares como a do arenito Bauru, que possibilita na região a existência de inúmeros fósseis, o Grupo de Ciências Luckesi possui uma escápula de um gigantesco dinossauro achado no solo da região. Um abelissauro Media cerca de 2 metros de altura, 7 metros de comprimento e pesava cerca de 1,4 toneladas.

A região da Nova Alta Paulista, em especial a região de Lucélia até Pacaembu é chamada no meio paleontológico de “cemitério de dinossauros”. Aqui, os grandes animais viviam durante os períodos cretáceo e jurássico. Segundo pesquisas de geólogos, geógrafos, paleontólogos e arqueólogos que já realizaram pesquisas na região, comprovam que essa região há milhares de anos, era um grande pântano, por isso, a maioria dos fósseis achados são de tartarugas e crocodilos gigantes da época jurássica. Inclusive no município de Flórida Paulista, existe vestígios de um rio morto, cuja água secou, ocasionada por algumas das várias intempéries climáticas que o nosso planeta já passou.

Outros achados em Lucélia: A cidade de Lucélia é privilegiada na sua história. A história da humanidade pode ser lida no solo luceliense, - quando em 1.945 aproximadamente – o geólogo francês Pierre Monbeing, passou por aqui e registrou em seus relatos que os enviou para a França, o esplendor de nossa gente que da floresta fazia brotar uma cidade em terras que já fora habitada por dinossauros e homens pré-históricos.

Giovanelli, importante estudioso regionalista, relata em sua obra "Um Esboço do Oeste Paulista", a ocorrência de achados fósseis de um animal do período pré-cambriano (período de formação da terra), no alto da atual Vila Rancharia. Isto ocorreu aproximadamente em 1.960.

Também na Vila Rancharia, na Rua Arnaldo Pozzetti, em 1.963, foi encontrado pelo SAAE (Órgão que na época operava os serviços de água e esgotos), material fóssil que foi recolhido pelo geógrafo da Unesp de Presidente Prudente o Sr. José Martins.

Há dez anos foi encontrado em uma propriedade rural na divisa de Lucélia com Adamantina, fósseis de um animal pré-histórico (dinossauro). Todos estes achados e vestígios foram transferidos para o Museu de História Natural do Rio de Janeiro.


Fonte: Marcos Vazniac

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