Usina Floralco deve reabrir em breve e população se mostra otimista
Nossa Lucélia - 25.04.2013


Usina de Flórida Paulista está parada há quatro meses, resultado de uma crise financeira

FLÓRIDA PAULISTA - Uma proposta de reabertura da Usina Floralco, em Flórida Paulista, deixa trabalhadores e comerciantes otimistas no município. Com isso, a perspectiva é de que o comércio volte a faturar.

São mais de quatro meses com a usina parada. A crise financeira enfrentada pela Floralco começou depois dos maus resultados obtidos no ciclo 2012/2013, quando só conseguiu moer um terço (900 mil toneladas) da capacidade produtiva, que é de 2,5 milhões de toneladas.

A unidade enfrenta um processo de recuperação fiscal e está sob intervenção da Justiça. Desde o final do ano passado, os trabalhadores enfrentam atrasos salariais e o medo de perder o emprego. A usina quase foi vendida em fevereiro, quando uma empresa norte-americana apresentou proposta, mas acabou desistindo da compra.

Agora, uma nova esperança voltou a animar os trabalhadores. Outra proposta foi apresentada recentemente por um grupo de empreendedores que tem sede em São Paulo e aceita pelos credores da usina em assembleia. Com isso, a perspectiva é de que a venda seja concretizada em breve.

A nova empresa vai pagar R$ 150 milhões pela usina em oito anos, e a primeira parcela vence em 2014. Além disso, vai ter que assumir uma dívida trabalhista de R$ 20 milhões e ainda um passivo junto a fornecedores e parceiros agrícolas no valor de R$ 16 milhões. A compra deve ser confirmada pela Justiça até o próximo dia 10 de maio.

Até esse prazo, ainda existe a probabilidade de desistência, mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, isso não deve acontecer.

“Já estão mexendo no pátio industrial. Um grupo de cerca de 30 trabalhadores estão fazendo uma previsão de safra para daqui 40 dias”, informa o presidente do sindicato, Daniel Belarmino Ferreira.

Segundo ele, a empresa informou que pretende manter todos os funcionários e já planeja plantar mais 3 mil hectares de cana, ampliando para 18 mil a área de plantio.

“Vão ocupar 100% da mão-de-obra, isso que é o mais importante. O pessoal está otimista e não vê a hora de voltar a trabalhar, já que alguns estão cerca de seis meses parados”, revela.

Otimismo que também toma conta do comércio na cidade, que depende e muito dos salários de quem trabalha na usina. A Floralco é uma das principais fontes de emprego de Flórida Paulista, com cerca de 2 mil trabalhadores, quase seis vezes mais que a administração municipal, por exemplo.

“As vendas caíram de 30% a 40%. O comércio está sentindo muito e temos inclusive o problema de fiado, cheques voltando, e isso não é culpa do cliente, já que ele tem para receber e não recebe”, salienta o comerciante Cléber Peixoto.

A perspectiva agora é de que com a compra da usina, os trabalhadores voltem a gastar, e que o dia das mães, data forte do comércio, marque o início da recuperação. “A expectativa é grande de o comércio dar uma reagida”, fala o comerciante.

Os mais de 1.000 trabalhadores rurais que prestavam serviços na usina estão em licença remunerada desde o ano passado.


Fonte: Do iFronteira.com

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