Pesquisadores testam vacinas em Panorama para conter leishmaniose
Nossa Lucélia - 30.03.2013


Vacinas e coleiras são avaliadas com objetivo de impedir avanço da doença nos animais e preservar população

PANORAMA - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) coletam dados e testam vacinas e coleiras para um estudo que visa impedir o avanço da leishmaniose em Panorama, problema frequente na cidade. Além de ajudar a manter a saúde dos animais, o objetivo também é preservar os adultos.

A equipe, composta por um biólogo e duas médicas veterinárias, realizam o estudo com cães há mais de seis meses. A escolha pela cidade se deu pelos resultados da doença nos últimos cinco anos. Ao todo, 52 pessoas contraíram a leishmaniose e quatro morreram. Já nos cães os índices de infecção chegaram a 40%.

Os métodos avaliados pelos pesquisados ainda não foram liberados pelo Ministério da Saúde, mas o produto já é vendido, porém, ainda não tem o aval quanto à sua eficácia. “As vacinas ainda não são recomendadas, mas podem ser utilizadas. São vários estudos, então, para poderem liberá-las, precisamos passar por todos esses estudos e acho que o Ministério só não recomenda por ainda não ter certeza se a vacina vai ser um benefício ou não”, explica a doutoranda Estela Gallucci Lopes.

As doses da vacina e as coleiras são adquiridas através Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado (Fapesp). Um dos pesquisados, Fredy Galvis, estuda o comportamento do mosquito palha, que é o transmissor da doença, e investiga quais são os protozoários da leishmaniose que circulam na região. Através de armadilhas, ele captura os insetos para o estudo.

“Foram escolhidas oito moradias para conhecermos os índices de abundância de cada uma dessas espécies. Até agora identificamos quatro espécies no município, sendo que 90% desses insetos tem o principal vetor da leishmaniose visceral”, relata Galvis.

Os resultados da pesquisa só devem ser publicados em 2014. Até lá, seguir regras básicas de higiene e limpeza ainda são as melhores opções contra a leishmaniose. “A limpeza dos quintais é uma fase importante, a qual a população pode ajudar, pois eliminando as fontes de matéria orgânica, diminuirão os criadouros do inseto e com isso, reduzirão os índices da doença na cidade”, reforça o pesquisador.


Fonte: Do iFronteira.com _ Colaboração de Rogério Pires, de Dracena

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