Centro de Controle de Zoonoses detecta 22 cães com leishmaniose na cidade
Nossa Lucélia - 25.03.2013


O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou em pouco mais de um mês de trabalho, 22 casos positivos da doença até a semana que passou

DRACENA - Desde o início de fevereiro coletando amostras de sangue dos cães nas residências para detectar a presença ou não da leishmaniose, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), registrou em um pouco mais de um mês de trabalho, 22 casos positivos da doença até a semana que passou. Cerca de 250 amostras foram coletadas para análise.

Segundo informações do médico veterinário, Ivan José Borges responsável pelo CCZ, os dados compreendem os bairros – Jardim Village; Jardim Brasilândia; Portal dos Girassóis e Virgílio Fioravante e foram recebidos pela Zoonoses no início da semana passada, através do Instituto Adolpho Lutz, em Presidente Prudente (responsável por realizar a contraprova dos exames).

A agente de zoonoses, Patrícia Fernande Adame conta que no ano passado foram registradas 907 eutanásias em cães com leishmaniose. A doença foi diagnosticada em todos os bairros da cidade, mas a maior incidência continua sendo o Jardim Santa Clara, seguido pelo Jardim São Francisco e Brasilândia.

Patrícia explica que o CCZ recebe mensalmente cerca de 300 kits para testes que agilizam o resultado do exame de sangue do cão. O material é fornecido pelo Ministério da Saúde, disponibilizado pelo Instituto Adolfo Lutz. "Todo final de mês é feito um relatório com dados referente à quantidade de testes realizados e também se sobrou algum material que não foi utilizado. Logo em seguida, essas informações são repassadas ao Instituto. Somente após esse relatório é enviado uma nova remessa de kits para o CCZ", declarou a agente.

O veterinário Ivan conta que o teste rápido para detectar a leishmaniose visceral canina fica pronto em apenas uma semana, onde é utilizada uma pequena amostra de sangue do cão. Os testes com resultados positivos da doença são encaminhados ao Adolfo Lutz, onde é feito um novo teste, enquanto os negativos ficam armazenados no município para o controle de qualidade. "Após o exame comprovar em até duas vezes o resultado positivo, o proprietário tem que entregar o animal para nossa equipe para que ele possa ser sacrificado. Mesmo aqueles que alegam que faz o tratamento no animal também devem entregar o cão tendo em vista que foi comprovado que esse tratamento não é eficaz por ser usado remédio humano nos animais", diz o médico.

Após passar pela eutanásia no CCZ, os cães são congelados. Uma vez por semana, uma empresa particular de Adamantina faz a captação desses animais mortos onde é incinerado em processo bionatural permitido por lei.

O médico veterinário Caio Rampim pontua que aqueles que querem preservar a saúde do seu cão e a própria saúde do morador devem tomar alguns cuidados básicos na própria residência como: limpar diariamente o quintal, recolhendo as fezes dos cães e gatos e, em um saco plástico recolher também as folhas secas e evitar jogar as mesmas em bueiro. "O cão não passa a doença para o morador da casa através de contato com o animal ou pela saliva. A doença em humanos acontece quando um mosquito palha contaminado pica o ser humano", acrescenta o veterinário.

A Equipe da Vigilância Epidemiológica também faz o trabalho casa-a-casa verificando os quintais e orientando a população sobre a limpeza, por isso, a importância de deixar esses profissionais adentrarem a residência para constatar possíveis criadouros do mosquito palha.

O inquérito canino está sendo realizado por setores e estará ao longo do ano percorrendo os bairros da cidade, fazendo o teste de sangue nos cães para verificar quais estão contaminados com a doença. Além de limpar os quintais, uma dica importante é que todos vacinem os animais contra a leishmaniose e usem a coleira específica contra a doença. Mas atenção, essa coleira perde o efeito após quatro meses de uso, em seguida, ela tem que ser trocada por uma nova.

O médico veterinário responsável pelo CCZ salienta que a função do CCZ é cuidar das doenças transmissíveis de animais para os seres humanos, como a leishmaniose e a raiva – "fora essas outras doenças citadas é de competência do proprietário do animal zelar por ele. A Zoonoses não é lugar de descarte de animal doente. Para algumas doenças como a do carrapato, sarna, entre muitas outras existem tratamento específico, basta procurar um veterinário particular que realize o tratamento", diz, Ivan.

CASOS NA REGIÃO – Segundo a Secretaria de Saúde das cidades, oito cidades da microrregião de Dracena registraram casos de leishmaniose visceral humana. Desde janeiro deste ano, 12 pessoas contraíram a doença sendo elas: Monte Castelo (2); Ouro Verde (2); Tupi Paulista (2); Junqueirópolis (2); Pacaembu (1); Panorama (1); Santa Mercedes (1) e Nova Guataporanga (1).


Fonte: Elaine Rodrigues _ Do Portal Regional / Foto: M. Quinoshita/JR

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