Falece aos 91 anos de idade Ir. Maria
Nossa Lucélia - 03.10.2012


Ir. Maria nasceu no arquipélago dos Açores, em Portugal e fez parte da vida religiosa de Lucélia

LUCÉLIA - Faleceu no último domingo (30 de setembro), aos 91 anos de idade, a Ir. Maria dos Santos Anjos Raposo em civil e Ir. Maria Inês Raposo. Missionária dedicada à causa do Evangelho de Jesus Cristo, Ir. Maria foi a caridade em forma de pessoa. Dedicada, a religiosa que nasceu no arquipélago dos Açores, em Portugal, fez parte da vida religiosa de Lucélia.

Trabalhou na Santa Casa de Lucélia, onde com muita dedicação e carinho serviu a todos, sem distinção de raça ou religião. Sua morte é uma lacuna e grande perda para a sociedade luceliense e para a Congregação das Irmãs de São José de Cluny.

A Irmã Maria dos Santos Anjos Raposo em civil, Ir. Maria Inês Raposo, nasceu no dia 20 de Janeiro de 1921, na Freguesia das Feteiras do Sul na Ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores - Portugal. Filha de uma família numerosa de nove irmãos, o casal João Jacinto Raposo e Maria dos Anjos Cabral Raposo, muito praticantes da fé cristã, souberam educar Maria Inês e os seus irmãos na mais profunda fé cristã.

Uma de suas irmãs, a Irmã Rosa Raposo, entrou primeiramente na Congregação das Irmãs de São José de Cluny. Posteriormente, também a Ir. Maria sentiu-se atraída pela vida Religiosa e pelo ardor missionário de Ana Maria Javouhey.

Depois de algum tempo de contato com a Congregação presente na mesma Ilha onde nasceu, entusiasmou-se pela sua ação missionária e entrou, também, para a mesma Congregação em Braga, Portugal, onde fez o seu aspirantado, postulando e noviciado, pronunciando os seus primeiros votos em 19 de Março de 1958.

Dois anos depois da sua primeira profissão, ainda como juniorista, a Ir. Maria partiu em missão para o Brasil, juntamente com mais 3 jovens que, como ela, se tornariam as pioneiras da Congregação no Brasil onde chegou em 21 de Maio de 1960, permanecendo dois anos na recém formada comunidade das Irmãs da Santa Casa de Lucélia.

Em 1962, funda-se a comunidade do Noviciado, com o surgimento das primeiras Irmãs Brasileiras, passando a Ir. Maria a fazer parte da mesma comunidade.

Em 1965, com o início dos trabalhos da Creche Ana Maria Javouhey, a Ir. Maria regressa à Comunidade da Santa Casa, iniciando o seu trabalho junto às crianças das classes mais desfavorecidas. Trabalhos que, na verdade, já havia iniciado em 1961, através da formação de catequistas e da catequese para grandes grupos de crianças. O trabalho na creche Ana Maria Javouhey iniciado em 1965 prolongou-se até 1989 quando foi transferida para São José do Rio Preto.

Depois de um curto período em São José do Rio Preto, num Lar de Crianças de risco, de 1989 a 1991, a Ir. Maria regressa a Lucélia no dia 20 de Dezembro de 1991. É nesta comunidade do Colégio onde passará os seus últimos anos de vida.

Marcaram a sua vida inúmeras qualidades humanas e espirituais, que todos nós bem sabemos, Entre estas podemos citar a sua grande capacidade de organização, a sua criatividade, o seu amor aos mais desfavorecidos, que deu impulso à campanha de combate à fome em nossa cidade, na década de 80, a sua delicadeza de coração, dedicação e zelo missionários, o seu bom humor e a sua alegria contagiante, o seu espírito de oração e o seu amor à Eucaristia. Por tudo isto, temos a certeza de que temos mais uma intercessora no céu que ontem, pela manhã, dia 30 de Setembro, entregou o seu espírito a Deus, na mesma casa onde há 52 anos chegava como missionária de Deus.

Hoje, dia 1º. de outubro, início do mês dedicado às missões, agradecemos a Deus o dom da vida desta grande missionária que, como semente, será semeada na terra que a acolheu em missão por amor a Deus e ao Evangelho.

Depois de tantos anos de trabalhos e de dedicação ao Reino de Deus que a sua alma descanse em paz. Amém!

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Timóteo 4:7-8”.


Fonte: Marcos Vazniac

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