O Dia "A"
25 de outubro de 2011



Marcos Vazniac - Quando em agosto de 1941, o ditador Adolf Hitler desencadeou a Operação Barabarossa, disse aos seus generais: “O mundo vai perder o fôlego”. Hitler pretendia com a invasão da União Soviética, neutralizar uma futura aliança entre Moscou e Londres, bem como, ter acesso aos poços de petróleo do Cáucaso existentes no Azerbaijão.

Com 3 milhões de soldados, reforçados por mais 1 milhão de soldados da Itália, outros tantos da Romênia e de outros simpatizantes de vários países europeus, a Operação Barbarossa, foi uma das maiores operações militares que se tem noticias na história militar. Seus 3 mil tanques, 2 mil aviões e 600 cavalos, pretendiam uma rápida vitória dos alemães sobre os soviéticos.

No primeiro dia de conflito os russos perderam 6 mil aviões todos destruídos ainda em terra. Os alemães penetraram em território soviético, esmagando aldeias e fazendo prisioneiros. Os russos por sua vez, adotaram a tática da “terra arrasada”. Iam destruindo toda plantação e construções que podiam servir de alguma utilidade aos alemães. Stálin ordenou a retirada maciça de cidades inteiras para além dos Urais. Cidades inteiras foram desativadas e levadas para serem reconstruídas longe dos campos de batalha. Enquanto isso, as tropas de Hitler, com 300 mil soldados do 6.º Exército marcharam para a cidade soviética de Stalingrado, que levava o nome de Stálin, as margens do rio Volga.

Comandados pelo general Friedrich Paulus, em agosto de 1941, a aviação alemã bombardeou a cidade, transformando Stalingrado num inferno. Chamas de até 1.5 mil metros eram vistas à distância. Foi nesse inferno de escombros e chamas, que o grosso da batalha iria começar.

Stalin ordenou a todos os moradores de Stalingrado: “ Nenhum passo atrás!”. As mulheres da cidade também entraram na guerra. Os alemães quando entraram na cidade, no norte de Stalingrado, se depararam com um grupo de mulheres que resistiam bravamente ao avanço do agressor.

Os alemães faziam propagandas contra os soviéticos com os seguintes dizeres: “Renda-se cidadãos de Stalingrado. Essa briga não é de vocês. A culpa e do sanguinário Stálin e de sua gangue de bolcheviques que roubam suas terras e levam seus filhos para a morte”.

Os soviéticos não se renderam. Resistiram bravamente entre os escombros. Os franco-atiradores, tropa de elite do Exército Vermelho, faziam centenas de vítimas todos os dias. A rápida vitória esperada pelos alemães não se confirmou. O frio chegou. Os ventos trouxeram o ar frio vindo da Sibéria e o rio Volga congelou, com ele os soldados alemães. Aos poucos, o grosso das tropas soviéticas chegaram da Sibéria. Acostumados a lutar em clima abaixo de -45º, alguns siberianos chegaram a lutar somente de camiseta, para impressionar os alemães.

A hora da vingança estava chegando. Os soviéticos começaram a fazer propaganda psicológica contra os alemães, que já estavam cercados em Stalingrado, com os dizeres: “Stalingrado vala comum! A cada 20 segundos morre um alemão em Stalingrado”.

Na Alemanha, Adolf Hitler não queria trégua. Havia declarado guerra pessoal entre ele e Stalin, que por sua vez se recusava a fazer concessões. Hitler mandou uma tropa libertar os restantes do 6º Exército, presos em Stalingrado, mas foram derrotados. Restava aos alemães e romenos a hora da morte.

Primeiro, comeram os gatos, depois os cachorros, depois a carne de cavalos congelados e por último praticaram canibalismo, cena que se repetiu também do lado soviético.

Nos escombros da cidade de Stalingrado, a besta nazista começou a perder terreno. O indestrutível exército alemão, começou a ser derrotado. Paulus se rendeu e com ele as tropas alemãs, italianas e romenas. Muitos, foram mandados para os Gulags da Sibéria, onde trabalharam em campos de prisioneiros, outros perderam a vida.

A Segunda Guerra Mundial nunca mais seria a mesma depois de Stalingrado. O resultado de perdas para os soviéticos foi de 27 milhões de mortos, cerca de 73 mil povoados destruídos, uma verdadeira “vitória de Pirro”. O aliado EUA, perdeu cerca de 292 mil soldados na guerra. O presente artigo é apenas um resumo do que aconteceu em Stalingrado.
(Com informações da Revista Aventuras na História, novembro de 2011 e documentário Stalingrado da BBC de Londres).

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