RECORDANDO A LUCÉLIA DE MINHA INFÂNCIA
05 de setembro de 2008

Joaquim Malheiros Filho - Recentemente publiquei na imprensa luceliense, singela crônica a respeito do extinto Colégio Salesiano São Domingos Sávio de Lucélia, onde relatei os bons momentos vividos por todos aqueles que, como eu, tiveram a ventura e o privilégio de nele estudar.

Embora não sabendo da receptividade à matéria, cujo objetivo foi resgatar, não somente para aqueles que integraram a história do Colégio São Domingos Sávio ou a conhecem mas também e principalmente para a juventude de hoje, que muito provavelmente nada sabe acerca dos bons tempos daquele extraordinário educandário, contudo, apegado ao saudosismo, retorno agora para contar um pouco de minha infância, vivida ao lado das coisa, acontecimentos e amigos daqueles bons momentos vividos aqui nesta querida Lucélia, cuja história e passado são ricos como poucas cidades em nossa região e, por isso, precisam ser resgatados para a atualidade por todos aqueles que, como eu, ainda podem contar um pouquinho daquilo que foi Lucélia daqueles fabulosos idos tempos.

Muito embora tenha eu vivido em Lucélia de 51 a 64, deixando a cidade pata fixar residência em Adamantina por força da mudança de sede de trabalho de meu querido falecido pai Joaquim Malheiros, então funcionário da Secretaria da Fazenda do Estado, aos 16 anos de idade, me recordo perfeitamente bem daqueles áureos tempos de minha infância e de parte de minha adolescência aqui transcorridos, inclusive até mesmo sentindo-me autorizado a contar fatos protagonizados por pessoas mais velhas que eu na época. Acredito que posso falar, por exemplo, sobre algumas referência e pessoas pinçadas da população de então. A exemplo de Zé Maria Rapacci, Adilson Camponês (“Coruja”), Sérgio Orgaz (“Sérgio Preto”), Osmar Rossi de Arruda, Valdir e Ademar Cabrini, Zé Mineiro (dono do antigo Cine Lucélia), Mané Barbeiro, Dirceu, Décio e Didier Mansano, Tigrão (lanterninha do Cine Lucélia), Bar do Oshino, Bar do Nininho, City Hotel, Posto e Armazém Luzo-Brasileiro, Farmácia Gambassi, Dr. Tioma, Dr. Fontão, Dr. Kate, Dr. Moura Pardo, Dr. Sérgio Galuppo, Casa Portuguesa (armazém onde é hoje a Fábrica do Vinagre Saboroso). Casa Dias (e seu gerente Otacílio), Padaria Seleta, Armazém Ferruzzi, Sapataria V8, Anderson Clayton e de outras tantas e tantas pessoas e referências daquela época.

Ter vivido a infância e parte da adolescência em Lucélia para mim foi verdadeiro presente. Nada certamente poderia ter sido melhor. Vivi de forma sadia, algre e intensa sob os mais diversos aspectos da vida humana aqueles anos de ouro. Ao lado de minha fantástica família, de meus queridos e saudosos amigos de então, de meus professores e de tantas outras pessoas, fatos e coisas que permearam minha existência aqui, dos quais ainda hoje, já na casa dos 56 anos e já aposentado, me lembro perfeitamente bem de tudo e de todos com imensa saudade. Acredito piamente que nada teria sido mais rico, fabuloso e intenso se tivesse vivido em outro lugar. Acho que Lucélia naquele tempo era para todos um lugar único, mágico, sem igual!

Começo aqui lembrando de nossa primeira morada: uma casa de madeira, ainda hoje existente, situada numa esquina, nas imediações da Máquina do Kuboki. Éramos então vizinhos do Sr. Henrique Camponês e de sua esposa DNA Aparecida (saudosos e servidores amigos de nossa família, pais do Adilson do Cartório), do casal Bernardino e Antonia Orgaz (pais do falecido Sergio Preto), do Sr. Abílio e sua esposa (pais do Hélio Bonilha) e de outros tantos bons amigos, que muito embora deles lembremos, citá-los neste exíguo espaço que dispomos.

Ali, naquele lugar e endereço, foi onde tudo começou: éramos sete naquela casa, meus pais (minha mãe Bene) e meus irmãos: Tote e Ivan (já falecidos), Hélio e Roberto (ambos como eu, residentes hoje em Adamantina). Nossa casa era muito simples. O fogão era a lenha e o chuveiro, de lata, era puxado por meio de uma corda. A água era de poço puxada a sarilho. O quintal era grande e recheado de frutas: pinha, limão galego e outras.

Ali comecei a aprender as minhas primeiras letras, numa pequena escola de madeira situada então nas imediações onde é hoje a casa do Zé Maria Rapacci. Meu primeiro mestre foi o professor Orlando, talentoso educador, cujo paradeiro e destino desconheço. Posteriormente estudei no 1º Grupo perto da Praça José Firpo, sendo ali minha professora a Sra. Odila Zinco Tioma, de saudosa memória, A seguir, passei para o 2º Grupo, em cujo prédio também era sede da Maçonaria (aqui abro parênteses para lembrar que corria notícia naquela época que, ali no prédio, no recinto onde estava instalada a Maçonaria, vivia um assustador bode preto, motivo de constante curiosidade dos alunos que olhavam pelo buraco da fechadura da porta para presenciar o tal bode que, contudo, nunca ao que sabemos, deu o ar da graça), onde terminei, sob a batuta do excelente, bom e amigo professor Américo Dalallana, com o qual por vezes ainda tenho gostoso bate-papo, o curso primário, a seguir fazendo a admissão e ingressando no Colégio Salesiano, onde fiz os dois primeiros anos do ginasial, não podendo prosseguir ali meus estudos em razão do fechamento do colégio. Posteriormente, fixei residência em Adamantina.

Também ali, naquele nosso primeiro endereço em Lucélia, passei a experimentar os bons folguedos de criança, as delícias da vida em harmonia com as crianças da vizinhança e o desfrute do bom relacionamento que havia entre as famílias.

Lembro-me que ali reuníamos diariamente, eu e meus amigos, dos quais alguns me recordo do nome: Paulo Camponês, Celso (filho do Sr. Helio da Clayton), José Luiz Orgaz, Ademir Chicoli, Clodoaldo Martins, Afonso Celso (hoje advogado em Adamantina), Enio (Pepino ou Cabeção), Chaque (um japonesinho, cuja família tinha um bar e sorveteria nas imediações de onde é hoje a garagem do Vinagre Saboroso), os irmãos Peverari (do posto de gasolina) e Kale Schaufelberger, para brincarmos de salva, de bétia, de bola, de “caverna”, de luta de espada (as fazíamos de pau de balaustre, madeira de fazer cerca), de bafo (jogo de figurinhas de papel), de “João quem pô”, de rodar pião, cuja brincadeira incluía também o “mata-pião” que consistia em jogar um pião sobre o outro para parti-lo, de bolinha de gude (búricas - aqui tinha até o “batatão” que nada mais era do que uma bolinha de maior tamanho que as demais), de carrinho de rolimã. As brincadeiras variavam sempre. Tudo era alegria pura!

Ao cair das tardes, as nossas brincadeiras eram acompanhadas e até mesmo participadas pelos nossos pais, que se reuniam com os demais pais e mães da redondeza; cada dia defronte à CSA de um das proximidades, para, sentados num banquinho tosco de madeira constituído de uma tábua sustentada por dois palanquinhos de troncos de árvore, já que toda casa tinha uma na frente, um salutar e gostoso “bate-papo”, onde cada um contava as novidades do dia. Tudo num clima de muita descontração e de amizade total, desinteressada e fraterna. No dia seguinte tudo se repetia, posto que naqueles tempos não havia televisão, os rádios eram poucos e poucos, muito poucos, lia, jornais e eram raríssimas as casas possuidoras de telefone (ainda de manivela).

As festas religiosas, especialmente as de São Pedro, Santo Antonio e São João, comemorávamos com fogueira (que saltávamos), pipoca, quentão, batata-doce assada, bolo de fubá e pé de moleque. Tudo feito com amor e alegria pelas mãos habilidosas de nossas fantásticas e guerreiras mães, muitas delas já falecidas.

Naqueles tempos as pessoas realmente se queriam, eram verdadeiramente amigas e solidárias em quaisquer circunstâncias. A solidariedade e, a prestatividade então era marcante: as pessoas e as famílias se ajudavam mutuamente em todas as situações. Lembro-me muito bem que quando alguém ficava doente lá em casa ou na casa de algum dos vizinhos todos acorriam oferecendo ajuda para limpar a casa, cuidar das crianças, fazer a comida, fazer um indispensável “chazinho” de erva-cidreira, de erva-doce, de quebra-pedra, de limão, de boldo, etc. Todos tinham uma receita que era “tiro e queda”. Até para construção das casas havia ajuda métua: quem era carpinteiro, pdreiro, encanador, etc., dava uma “forcinha” para o outro. A vida seguia então nesse agradável ritmo!

Anos mais tarde, passamos a morar numa outra casa de madeira nas proximidades da atual casa do Zé Maria Rapacci, ainda hoje também existente, situada defronte a garagem do vinagre Saboroso e ao lado de uma igreja protestante. Nova casa, entretanto o mesmo ambiente de amigos e bons vizinhos. Alguns poucos novos e também ... “tudo gente boa”!

Dali fomos morar na Rua Guarani. Inicialmente próximo da extinta fábrica de ladrilhos do Sr. Francisco Cazú (a fábrica Santa Terezinha. Dois de seus então empregados me lembro bem: do Mário e do Didio, ambos ladrilheiros). A casa, ainda hoje existente, era construída de dois pavimentos. Morávamos ao nível da rua. Embaixo, morava o casal de amigos Profº Helio e Dagmar (telefonista). Dali saímos para a casa em frente, que adquirimos, passando a termos como vizinhos laterais o médico Dr. Dourado e o Juvenal “Barbeiro”. Naquele novo endereço de rua, os amigos da família e os nossos aumentaram. Novos amigos meus ali, entre tantos outros: Toninho Cazu, Emil, neto do Sr. Salgado do Cartório, Manoel Ivani (do Hotel Globo), Cláudio (filho do dono do foto e relojoaria), Aristeu Cavalaro, Atílio da Marcenaria, Hideshi “Tintureiro”, Miro Mostachio.

Passei então a trabalhar de “oficce boy” no Posto Fiscal, ali conhecendo o Roberto Benedito dos Santos (o Roberto da Nossa Caixa), que trabalhava também como “boy” na Coletoria Estadual, ao lado do Posto Fiscal. Ambos “duros” e precisando de uns “trocos” para a matinê do cinema, para compra de gibis do Cavaleiro Negro, do Pato Donald, do Mickey e para nossas outras necessidades pessoais, resolvemos então nos associarmos na fabricação de veneno para matar baratas e outros insetos.

Nada mais simples: juntávamos tintas de carimbo e, após misturá-las bem as colocávamos em vidrinhos elegantemente rotulados a máquina de escrever com a marca “Rojol” (Roberto e Joaquim Ltda) que, a seguir eram embalados em papel celofane. Embora a pompa fosse total, nossa “empresa”, contudo não decolou, falindo mesmo antes de começar, obviamente por falta de freguesia! No entanto serviu certamente para consolidar nossa amizade que perdura até hoje!

O cenário do dia-a-dia de então constituía, além do já reportado acima, resumidamente, posto que impossível descrever aqui neste limitado espaço pormenorizadamente cada fato, cada coisa, cada protagonista da época, de partidas de futebol nos campos do salesiano, da serraria do Sr. Martins, na quadra perto onde hoje se situa o Banco do Brasil, da natação nos córregos Santa Maria, Fonte Fada, Represa do Pozzeti, Água Grande, Caíres (onde, com o Nobo Takahashi e o Adauto Tamaoki, caçamos muito “preá do mato”) e das muitas e muitas molecagens e travessuras que sempre (eu e meus amigos) aprontávamos. Algumas mais brandas e outras nem tanto! Uma de nossas travessuras consistia tentar freqüentemente entrar sem pagar no cinema por meio de salto sobre o muro do banheiro do então “Bar do Oshino”, quando então nossas tentativas eras frustradas pela felina vigilância do Tigrão, “lanterninha” do Cine Lucélia, que em seguida, nos tirava para fora, debaixo de gozação sobre nós da platéia. Um vexame!

À exceção daquilo que eu e meus inúmeros e inesquecíveis amigos da época diretamente protagonizávamos, a nossa rotina também consistia em acompanhar, embora mais de longe em razão de nossas idades, as atividades, principalmente aquelas extra-profissionais, daqueles expoentes mais velhos do que nós, que cuidaram de fazer a rica história e até mesmo o folclore da inesquecível Lucélia daqueles fantásticos tempos. Assim é que, na medida daquilo que nos era possível, assistíamos os tremendos e concorridíssimos carnavais de rua e de salão. Os corsos (desfile de rua) eram animadíssimos. A mocidade atuante, tendo à frente grandes festeiros e carnavalescos como Tocha, Zé Maria, Juracy e Carlão Rapacci, Adilson Camponês, Ademar e Valdir Cabrini, Archimedes Galletti, Dirceu, Décio e Didier Mansano, Toti, Ivan e Hélio Malheiros, Carlos Ravagnani, os Mostachio, Osmar Rossi, César Pedroso, Zezé e Renato Gambassi, Cícero Aviador, Liminha e tantos e tantos outros. Os temas dos corsos fizeram epopéia: Carnaval do Sputnik (até a cadela tinha), do Tanque de Guerra entre outros temas. No Clube Recreativo, no Kai-Kan, e em outros ocorriam grandes e memoráveis bailes e acontecimentos dos mais variados. Bailes com grandes orquestras de então: Nelson de Tupã, Cassino de Sevilha, de Formatura, de Debutantes, concurso de Misses, etc.

No cinema, diversão concorridíssima pipocava fantásticos e inesquecíveis sucessos da tela: Casablanca, La violetera, Sangue e Areia, Spartacus, Ben-Hur. O Morro dos Ventos Uivantes, Sete homens e um destino, Comanches, os filmes de Mazzaropi, entre outros títulos. Aos domingos, nas matinês, a garotada era enorme para ver sobretudo os grandes seriados do Cavaleiro Mascarado, do Tarzan, do Flash Gordon e outros. Grande também era a movimentação da garotada para troca de gibis e figurinhas, especialmente de jogadores de futebol.

Nas datas solenes: aniversário da cidade, natal e ano novo, Corpus Cristi, Semana Santa, 7 de setembro e outras, a cidade se engalanava: as fanfarras das diversas escolas desfilavam garbosamente, as ruas eram enfeitadas sempre com muito bom gosto.

A juventude, à frente os já citados moços da época promoviam salvo engano no Bar do Nininho, o tradicional “Natal Gordo”, onde se reuniam para festejarem a data.

No futebol, no basquete, no futebol de salão, no voley, grandes equipes, jogadores e partidas aconteciam. O Lucélia Futebol Clube era celeiro de grandes craques: Zezé Gambassi que chegou até mesmo a fazer carreira no exterior, era a grande revelação. Tínhamos, além dele, o João Padeio, o Maquininha, o Lalá, o Periquito, os irmãos Donatoni, o Ari Preto, o Seabra, o Nelsinho Salário Mínimo (do motel), o Helio Malheiros. Na condução o técnico Pescoço. No basquete tínhamos o Galletti, Osmar Rossi, o Estevão Paley.

No voley, tínhamos o Tote Malheiros, o Fote. No futebol de salão: os mesmos craques do futebol mais o goleiro Ivan Malheiros. Na arbitragem, se destacavam: Estevão Paley, César Pedroso, Arnaldo Alfaiate e outros mais. O esporte era movimentadíssimo até mesmo na natação com a inauguração das piscinas do Lucélia Tênis Clube. Até luta-livre acontecia, principalmente na quadra ao lado do atual prédio do Banco do Brasil tendo à frente um lutador de origem árabe, salvo engano parente do Sr. Amadeu Demisck, este então um dos maiores concessionários da Mercedes-Benz no Brasil.

Tudo era tão fantástico, inclusive o Salão do Mané Barbeiro, os taxis, as charretes e as carroças de aluguel, o Zé Pintor (sempre com seu inseparável chapéu de palha, o cigarro pendendo na boca, a barbicha e a “turbina” sempre abastecida com a “mais pura”. Grande Zé Pintor!), o João Vaz Pinto, o Nhô Crispim, o Jorge Lima (todos da rádio). (O Tatim Boiadeiro, o Zé Mineiro, o Édio Smânio) o Tarzan Brasileiro), o Aeroclube e os tradicionais “banho de óleo”, a Esquadrilha da Fumaça, os aviões da Real, o Olímpio amolador de facas, a Lalá, a Tia Durva, o Dunga Aviador, o delegado Jacinto, os soldados da PM Wilson e Zezinho, O Sr. Salgado do Cartório, sempre conduzido em charrete, o Humberto e Flávio di Stéfano, o Paulista e o Roque Pedroso, ambos fiscais da prefeitura, a DNA Mariana Mansano (inspetora de alunos do 1º Grupo), a família Gonçalves, o Ônibus circular da Paley, a jardineira aberta que conduzia passageiros até no “poleiro”, a sodinha e o guaraná Rapacci, a rodoviária antiga, sempre muito movimentada, frenesi da estação ferroviária (as grandes viagens eram sempre feitas de trem). Primeiro as locomotivas a vapor, depois as movidas a óleo: estas com seus luxuosos vagões leito, restaurante pulman, a fonte luminosa defronte ao cinema e as lacerdinhas das árvores da Avenida Internacional, a Dona Maria (portuguesa da Fonte Fada) vendendo verduras de carrocinha pela cidade, o filme “Homens sem Paz” (todo rodado em Lucélia e com muitos e muitos protagonistas da cidade), que, aliás, fez muito sucesso naquela época nos cinemas do país.

Assim era a fantástica Lucélia daquela saudosa época e naturalmente muito mais eram seus fabulosos e inesquecíveis personagens. Muito mais é possível se falar e recordar. Pena que o espaço disponível seja pequeno. Não se dá para descrever aqueles incríveis bons tempos, os seus fatos e seus protagonistas em curto espaço. Entretanto, julgamos ter retratado aqui um pouco daquilo que foi Lucélia naqueles áureos tempos. Esperamos ter atingido o propósito de resgatar para os saudosistas e para a atualidade aquela fabulosa Lucélia da aurora de nossas vidas.

Para recordar esses bons tempos vividos e jamais esquecidos, por vezes mantendo contato com amigos e lugares da época, além de recorrer a um vasto arsenal de fotografias cuidadosamente guardadas na casa de minha mãe.

Nem as vicissitudes da vida, a distância e a poeira do tempo, jamais apagarão de nossas memórias, os amigos fraternos, os lugares por onde passamos e as gratas lembranças do passado! Joaquim Malheiros Filho – Promotor de Justiça Aposentado, Ex-morador da inesquecível e fantástica Lucélia nos anos de 1951 a 1964. (artigo publicado em 13.11.2004 na Gazeta Regional)

Mensagem postada pelo Sr. Paulo Campones em 09.10.2009

Deparei-me com esses relatos, da cidade que eu tanto amei, sou filho de Lucélia, Filho de Henrique Camponez, Margarida Aparecida Pontes. Joaquim Malheiros, Quim para os amigos de infância, Roberto Malheiros ambos amigão, quantas vezes eu ia para Adamantina para ir até a casa de vocês. Lembro me uma vez que que eu fiquei um dia todo para apanhar um frango que minha mãe Aparecida tinha me dado para levar para casa deles. Dona Bene, como eu gostava desta mulher, como se fosse a minha própria mãe. Como ela me tratava bem, lembro uma vez que fomos ao cinema lá em Adamantina, não lembro o nome do filme mas era um desenho. Mas enfim fiquei contente com essa recordação, pois lembro de tudo que foi escrito pelo meu amigo de infância Joaquim, que muito lembrou do meu nome. Não sei se podemos dizer que hoje somos amigos pois há uma grande distância, as trangetória de nossas vidas, estão distantes. Quantas lembranças daqueles tempos que jamais voltará, foi tempo mais bonito, um tempo que não havia preocupação, tempos inocentes. Hoje vivemos uma realidade, deixamos de ser inocentes, para tornar-nos o que nós somos hoje, lembro de cada nome, de cada lugar de Lucélia ali dito por aquele que um dia eu tive o prazer de frequentar a sua casa, ótimos amigos. Que tempo!!!. Ainda tenho uma parte da minha família, minha Floripes, meus sobrinhos Edson Luiz Paschoalotto, Rogério Luiz Paschoalotto ambos Advogados, Sandra Regina Paschoalotto, Meu irmão Adilson Camponez, hoje morando em Londrina. Hoje moro em Marília mas sempre que posso vou para Lucélia, e quando vou sinto tristeza porque muita coisa mudou, mas assim mesmo eu começo a recordar do meu tempo de infância , dos meu velhos amigos, Narciso, Reginaldo Sasso, Wilson Filho do Sr. Modesto, Roberto Sasso, o belá (gasparino) Didi (Talvez não lembre mais de mim. Tanto tempo se passou e muitos outros, que poderia escrever uma coluna também. Joaquim (Quim) parabéns pelo seu artigo recordando os velhos tempos, sem querer eu deparei com seu artigo, foi realmente tempos inesqueciveis, mesmo um pouco atrazado.
Paulo Campones - p.campones@hotmail.com - Marília, SP - Brasil - 09-Outubro-2009 / 23:50:32

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