Operação Arlequim investiga golpista que oferecia empregos remotos, abria empresas em nome das vítimas e não entregava produtos vendidos on-line
Nossa Lucélia - 17.09.2022


Até o momento, 11 pessoas registraram boletim de ocorrência. Com o pai do suspeito, foram apreendidas uma pistola e munições de calibre 9mm em Paulicéia

PAULICÉIA - A Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão derivados da Operação Arlequim nesta quinta-feira (15), em Paulicéia (SP). O suspeito, um homem de 40 anos, é investigado por aplicar golpes que consistiam em oferecer emprego à vítima e, com cópias de documentos pessoais, abria diversas empresas jurídicas para anunciar a venda de produtos eletrônicos, que não eram entregues aos compradores.

Segundo informações da Polícia Civil, o alvo da operação era um homem, de 40 anos, que saiu recentemente do sistema penal, e é investigado por supostamente oferecer emprego às vítimas para, então, conseguir cópias de seus documentos pessoais, como RG e CPF. Com esses documentos em mãos, ele abria empresas e, em nome delas, anunciava a venda de produtos eletrônicos na internet.

Por não realizar a entrega dos produtos anunciados, as empresas acumulavam problemas e a vítima do golpe da oferta de emprego, que era supostamente dona, não tinha conhecimento dos fatos.

De acordo com o delegado Alessandro Baroni, até o momento 11 pessoas procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência de estelionato. Estas vítimas adiantaram que mais pessoas caíram no mesmo golpe.

Em cumprimento a um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, a Polícia Civil apreendeu 28 eletrodomésticos, que teriam sido comprados supostamente com recursos provenientes de golpes. Dentre eles, foram recolhidos três televisões, três grills, três freezers e três geladeiras.

Ainda de acordo com a polícia, as buscas realizadas nos imóveis localizados em Paulicéia tinham como objetivo apreender documentos, mídias e outros objetos necessários para auxiliar as investigações.

O suspeito não estava no local e, segundo informações de familiares, ele estaria internado em uma clínica de reabilitação.

O alvo da operação saiu recentemente do sistema penal e é reincidente na prática de crimes de estelionato, com mais de 10 registros somente no artigo 171, que configura o delito no Código Penal. Ele também possui antecedentes pelos crimes de falsificação de documento, uso de documento falso, adulteração de veículos e receptação.

O GOLPE - De acordo com o delegado Alessandro Baroni, o suspeito anunciava, em rede social e diretamente a pessoas conhecidas, como entregadores de comida, ofertas de emprego no estilo home office. Ele oferecia o pagamento de um salário mínimo, cesta básica e um notebook para trabalhar em casa.

Assim que o interessado aceitava a proposta, o suspeito solicitava, então, a cópia de documentos pessoais da vítima, dizendo que abriria uma empresa para que ela ajudasse a vender aparelhos eletrônicos na internet.

Com isso, o investigado abria uma empresa jurídica no nome das vítimas, criava um certificado digital e começava a aplicar golpes on-line ao anunciar produtos eletrônicos em nome da firma aberta. Ele emitia a nota fiscal em nome da pessoa jurídica que criou indevidamente.

Desta forma, começaram a aparecer diversos problemas em nome das pessoas enganadas no golpe da oferta de emprego, já que nenhum produto anunciado era entregue. As vítimas desconheciam a prática dos golpes aplicados on-line.

Em princípio, a polícia tinha o conhecimento de sete pessoas que foram vítimas do estelionato. Nesta sexta-feira (16), mais quatro foram até a delegacia para denunciar o mesmo fato, totalizando 11 vítimas até o momento.

O nome da operação policial faz alusão à figura do farsante, impostor que, fingindo parcerias para a venda de produtos em plataformas digitais, inclusive, com abertura de empresas em nomes dos parceiros, obtém vantagem indevida em prejuízo alheio.

PAI PRESO EM OPERAÇÃO - Durante o cumprimentos dos mandados de busca e apreensão realizados nesta quinta-feira (15), um homem de 63 anos, que é o pai do investigado, foi detido em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

Uma pistola de calibre nove milímetros foi encontrada com o homem durante abordagem policial em uma via pública. Ela estava escondida embaixo das roupas, na parte das costas, na altura da cintura, e ainda continha um carregador com 17 cartuchos intactos.

Na residência do pai do principal suspeito, que também era alvo da ordem judicial de busca e apreensão, foram encontrados uma maleta própria da arma de fogo e outros dois carregadores municiados.

O homem de 63 anos pagou fiança e responderá em liberdade pelo crime.




Fonte: Bruna Bonfim _ g1 Presidente Prudente

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