Motorista é flagrada no centro de Adamantina desacatando colaborador da zona azul
Nossa Lucélia - 01.09.2022
Vídeo feito pelo supervisor do serviço mostra conduta da motoristaADAMANTINA - O jornal Diário do Oeste publicou nesta quinta-feira (1), uma reportagem onde mostra a conduta de uma motorista de um automóvel, no centro de Adamantina, que teria se recusado a pagar o cartão, no valor R$ 2, e estava deixando o local sem devolvê-lo. O cartão havia sido colocado no carro pelo agente.
A situação gerou uma discussão entre a motorista e o funcionário da zona azul, o que foi registrado em vídeo pelo supervisor da equipe que atua na área central da cidade.
Conforme destaca o Diário do Oeste, a zona azul foi criada com o objetivos de proporcionar maior rotatividade das vagas na área central da cidade.
A operacionalização do serviço é feita pelo Instituto de Assistência ao Menor de Adamantina (IAMA).Desde sua implantação, no entanto, o serviço é alvo de reclamações por parte de motoristas e também de empresários, resistentes à cobrança. Em algumas situações, os colaboradores do IAMA são alvos de preconceito e agressões verbais, como a registrada em vídeo nesta quarta-feira.
A motorista teria estacionado o veículo, sem o cartão da cobrança, o que foi depositado no para-brisa pelo agente, para que a cobrança ocorresse no retorno da mesma ao automóvel. Porém, a usuária teria se recusado a pagar, e estaria deixando o local levando o cartão, quando foi interpelada pelo funcionário.
No diálogo que foi gravado pelo supervisor do serviço – como mostra o vídeo e relata a reportagem do Diário do Oeste – a motorista é alertada pelo colaborador do IAMA para devolver o cartão quando ela questiona o motivo dele ter anotado a placa de seu veículo: “A senhora não vai pagar a zona azul, vai ser multada”.
Inicialmente, segundo publicou o Diário do Oeste, a motorista responde que poderia “fazer a multa”, mas depois solta um xingamento “pega essa p... desse dinheiro aqui, toma, pode pegar”. Mediante o pagamento, ao receber o cartão de estacionamento, a motorista amassa o ticket e o joga no chão, fechando o vidro do veículo e deixando o local em velocidade supostamente desproporcional aos limites da via, colocando em risco a segurança e integridade física de terceiros.
VALOR - Conforme publicou o Diário do Oeste, a taxa cobrada pelo período de duas horas de estacionamento nas áreas delimitadas com a cor azul, na área central de Adamantina, é de R$ 2. O valor foi reajustado em R$ 0,50 a partir de março, atendendo solicitação do presidente do IAMA, Dorival Manfrinato.
O valor da tarifa não era reajustado desde novembro de 2014, período em que foram aplicados reajustes consideráveis de salários e encargos sociais e trabalhistas, além de outras despesas da entidade, que também sofreram reajustes. “A zona azul foi criada também para ajudar o IAMA, mas não estamos tendo lucro com o serviço. Esses 50 centavos a mais vão ajudar a desafogar as contas da entidade e fazer com que possamos melhorar o serviço”, enfatiza Manfrinato.
ENTIDADE - Atendendo a 130 crianças e adolescentes do Jardim Brasil, com atividades no contraturno escolar, oferecendo ainda três refeições ao dia, além de acompanhamento profissional prestado por uma equipe multidisciplinar, o IAMA presta relevantes serviços à comunidade.
O Instituto de Assistência ao Menor de Adamantina, no entanto – conforme a reportagem do Diário do Oeste – enfrenta situação financeira delicada, mesma situação enfrentada pela maioria das entidades. Em grande parte, pela impossibilidade de realização de eventos, fonte complementar de renda. “Dia 19 teríamos um chá beneficente, mas tivemos que cancelar”, destaca Manfrinato.
O presidente da entidade destaca que 30% das receitas são provenientes de eventos, especialmente durante a Festa do Peão e ExpoVerde. “O déficit que temos atualmente é basicamente o que falta da complementação de nossas receitas com as promoções”, explica.
Mesmo diante deste complexo cenário, Manfrinato agradece o empenho dos profissionais e voluntários da entidade, que continuam atuando para buscar fontes de renda e redução de despesas.
Fonte: Siga Mais
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