Morre o Radialista Véio Ditinho, um dos mais importantes radialistas da região da Nova Alta Paulista
Nossa Lucélia - 06.09.2021


A carreira de Benedito Preto de Godoi (Véio Ditinho) no rádio, avançou em Lucélia onde residiu por vários anos

DRACENA - Benedito Preto de Godoi nasceu em Lucianópolis, região de Garça, em 15 de janeiro de 1935. Como perdeu os pais quando era criança, um irmão mais velho o entregou para a família de Lázaro Preto de Godoi, que o criou como filho. Já na infância, Ditinho começou a aprender tocar instrumentos musicais, começando pelo cavaquinho, enquanto trabalhava na zona rural. Já gostava de rádio e acompanhava programas de uma emissora de Vera Cruz, região de Marília.

A família transferiu-se em 12 de maio de 1943 para o Bairro Guaraniúva, em Pacaembu, e aumentou o interesse de Ditinho pela música, formando até a dupla sertaneja Geninho & Jaraguá para apresentação numa rádio que funcionava em Flórida Paulista. Benedito, que era o Geninho, tocava também violão e sanfona.

A carreira no rádio avançou em Lucélia, onde residiu por vários anos, com passagens ainda por rádios de Adamantina e de Campo Grande/MS. Atuou como vendedor de bordados de Ibitinga.

A chegada a Dracena se deu em 1º de novembro de 1977. Na época, a Rádio Nova Dracena era recente no ar e o amigo Badola indicou Ditinho para o proprietário da emissora, ex-prefeito Oswaldo Paulino dos Santos.

Ditinho dedicou-se integralmente ao trabalho na Nova Dracena, com programas sertanejos na madrugada, à tarde e no período noturno. Também fazia a organização de shows e bailes. Seus programas tinham os nomes de “Tesouro da madrugada”, “Rancho do vale” e “No colo da noite”.

A mudança de emissora ocorreu depois de 1984, quando o ex-prefeito Paulo Tahara comandou as rádios Difusora e Regional. Em 1988, Ditinho saiu candidato a vereador, mas não se elegeu.

A volta à Nova Dracena se deu em 1989, passando depois para Rádio Globo até 2013. Em 2012, Ditinho chegou a ser internado na UTI com problemas de saúde.

O último programa foi na Rádio Regional em 2014, quando tinha 79 anos de idade, e comandou o “Nossa terra, nossa gente” por um curto período, encerrando sua carreira e ficou como ouvinte de radialistas como Chico Ceará, Pena Júnior, Renato Rocha e Cláudio Santos, a quem sempre dava conselhos e dicas. Ditinho residiu por muitos anos na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, na região da Vila Lucélia. Em sua trajetória já teve até um bar na Rua Magid Zacarias na década de 1980 em diante.

Sua última grande entrevista foi concedida a Valmir Jorge, no programa Made in Dracena, em janeiro de 2020.

Ditinho atuou por mais de 50 anos área de comunicação, sempre priorizando a música sertaneja raiz. Ele fazia questão de valorizar os nomes dos compositores das músicas. Também gostava de contar piadas e fazia imitações.

Ditinho disse em entrevista que sempre foi grato pela recepção que recebeu em Dracena, juntamente com seus familiares. Ele ainda gostava de dizer que lançou vários radialistas, incluindo seus ex-técnicos de som nas emissoras onde trabalhou.

Foi casado com dona Dorcília, com quem teve os filhos Luiz Carlos Zingra, Lázaro Neto, Laércio, Carlos Alberto e Cristina. Deixa ainda noras, genro, netos e bisnetos. Estava residindo na casa de um filho no Jardim das Palmeiras.

Ao longo de sua carreira recebeu várias homenagens de autoridades e ouvintes. Foi homenageado na Câmara Municipal, no Rotary e num festival de música.

Enfim, o rádio do interior de São Paulo perdeu um de seus principais nomes. Dracena ficou sem uma referência na música sertaneja por quase 45 anos. Adeus e obrigado, “Veio” Ditinho.


Fonte: Claudio José Pasqualeto / Bastidores da Notícia

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