Adamantinense chega às Olimpíadas após quase desistir do esporte no início da temporada
Nossa Lucélia - 16.07.2021


Izabela Rodrigues da Silva lesionou o joelho em outubro de 2020, passou por 5 médicos e só começou a treinar em março; fã de anime, ela comemora ainda mais ida ao Japão

SÃO CAETANO - Superar desafios. Está aí algo que os atletas sabem bem como fazer. E não é só no esporte, mas também, por muitas vezes, na vida.

Esse é o caso da Izabela Rodrigues da Silva, natural de Adamantina, lançadora de disco convocada para compor a equipe brasileira de atletismo nas Olimpíadas. Por conta de uma lesão e pela possibilidade de ter que passar por uma cirurgia que levaria meses ou mais de um ano até a recuperação, a atleta quis desistir da carreira esportiva no início desta temporada. Mas com o incentivo dos amigos e familiares, não desanimou, seguiu nas competições e ainda conseguiu uma vaga em Tóquio.

Foi em um torneio em Campinas (SP), em outubro do ano passado, que a lançadora adamantinense rompeu o ligamento cruzado do joelho direito. Mesmo com muita dor, a atleta do Iema, de São Caetano do Sul (SP), ainda conseguiu participar de um campeonato em dezembro, quando alcançou o terceiro lugar. As dores continuaram, e Izabela chegou a passar por cinco médicos. Três deles a orientaram a encarar um procedimento cirúrgico.

“Eu estava querendo desistir do esporte, pois achei que a minha vida iria acabar por conta da cirurgia. A gente sabe que tem riscos e muitas vezes é preciso ficar um ou dois anos sem competir, por conta das complicações e recuperação”, conta Izabela, lançadora de disco.

Diante de toda essa insegurança e dúvidas sobre qual decisão tomar, a atleta teve ajuda de várias pessoas, principalmente, de um fisioterapeuta. Eles não a deixaram desistir. Ainda bem, pois mesmo com todas as dificuldades, Izabela foi convocada para representar o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio há duas semanas.

“Se eu tivesse desistido, não chegaria onde estou agora. Essa é uma oportunidade única, não só por estar competindo com os melhores, mas também pela honra de representar o meu país”, completa Izabela.

Por conta desse começo de temporada conturbado, os treinos dela tiveram início só em março. Em meio a sessões de fisioterapia e fortalecimento, aos poucos ela retornou às preparações, mesmo sem ter feito a cirurgia.

Neste ano, não conseguiu ultrapassar a casa dos 62m, sua melhor marca, mesmo com a conquista de alguns centímetros a mais. Ainda assim, permaneceu entre as três melhores no ranking da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), com 62,18m obtidos no Sul-Americano, em Guayaquil, no Equador.

“É uma marca muito boa, mas consigo fazer mais. Superei a dor no meu joelho. Ele ainda dói um pouquinho, mas isso não vai me impedir de realizar o que quero. Estou muito feliz de ter superado essa fase difícil da minha vida”, finalizou .

DOIS SONHOS EM UM SÓ - Após a tempestade, as realizações na vida da adamantinense chegaram em dobro. É que além da paixão pelo esporte, a atleta também é fã da cultura japonesa e, por isso, a sede dos Jogos Olímpicos foi motivo de mais felicidade ainda. A lançadora conseguiu conquistar o sonho de atleta aliado ao pessoal.

“Como uma otaku que sou, apaixonada por animes e pela cultura oriental, é a realização de um sonho ir para um dos meus países favoritos e, melhor ainda, nas minhas primeiras Olimpíadas. Quando eu soube que seria em Tóquio, meu coração encheu de alegria”.




Fonte: Izabelly Fernandes _ Globo Esporte

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