Auxiliar de enfermagem comemora cura da Covid-19 após mais de 15 dias de isolamento domiciliar: 'Eu venci'
Nossa Lucélia - 26.05.2020
Vilma Bueno de Godoy, de 60 anos, mora em Flórida Paulista e foi considerada curada nesta terça-feira (26)
FLÓRIDA PAULISTA - A auxiliar de enfermagem Vilma Bueno de Godoy foi considerada curada da Covid-19 nesta terça-feira (26). A moradora de Flórida Paulista, de 60 anos, recebeu alta e deu entrevista ao G1 para registrar esse momento de superação, alegria e alívio.
Na imagem, ela segura um cartaz com a frase: "Sou profissional da saúde e venci a Covid-19". Ela passou pelo corredor da Estratégia de Saúde da Família (ESF) "Roberto Florindo", em Flórida Paulista, e foi aplaudida pelos funcionários do local. Ela agradeceu e falou que está curada.
Ela contou ao G1 que trabalha no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Pacaembu (SP) e começou a sentir os primeiros sintomas no dia 8 deste mês.
“Começou com tosse e calafrios, mas não imaginava que poderia ser coronavírus. Estava no trabalho e fui para casa. Os sintomas foram evoluindo para diarreia, dores no corpo, cansaço. As tosses aumentaram, tive dor de garganta. Procurei a unidade de saúde do município e no dia 15 foi colhido material para o exame swab. E eu já estava em isolamento na minha casa", disse.
O resultado saiu uma semana depois, no dia 22 de maio. "Quando recebi o resultado, eu desmontei. Mas, antes disso, já estava difícil por causa do medo, da insegurança. A gente vê todos os dias o que passa na televisão sobre os casos, de muitas pessoas que perderam a vida. A solidão de ficar isolada dentro de casa, sozinha, também foi muito difícil", relatou ao G1.
Desde os primeiros sintomas, a auxiliar de enfermagem afirmou que teve o acompanhamento dos funcionários da ESF, o que foi fundamental para sua recuperação.
"Eu moro sozinha, fiquei muito sozinha. Mas tinha o acompanhamento das pessoas que me ligavam, que não me deixavam sentir abandonada e tão só. Sempre tinha alguém para falar comigo pelo telefone. O pessoal da ESF foi uma família para mim. Mesmo, sendo da área da saúde, eu tive muito medo, tive momentos de desespero porque a gente está lutando com o invisível", salientou Vilma.
Ela explicou ao G1 que não sabe onde contraiu a Covid-19.
"Eu não sei e não tem como saber. Não há um culpado também", frisou.
Mesmo considerada curada, a auxiliar de enfermagem contou que ainda não vai retornar ao trabalho nesta semana. Ela ressaltou a importância de manter o distanciamento social e seguir o isolamento para quem contraiu a doença.
"A pessoa precisa manter a calma, se alimentar bem, se hidratar, seguir certinho o isolamento e as orientações", comentou.
Foram mais de 15 dias de isolamento domiciliar, sem precisar de internação. Agora, com a alta, ela vai retomar a rotina.
"Não tenho mais nenhum sintoma. Estou aliviada e muito feliz. Com muita fé em Deus, garra e força de vontade de viver, eu venci. Isso vai passar. Se Deus quiser, vai passar", finalizou Vilma ao G1.
Fonte: Heloise Hamada _ G1 Presidente Prudente
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